Uma
dívida que tem deixado o país com grandes problemas económico e tornando-se
cada vez mais uma situação bastante preocupante.
A dívida pública retracta o conjunto das
situações passivas resultante do recurso utilizado pelo Estado, não só ao
crédito público, mas também à prática de outras operações de crédito,
designadamente, os avales (garantias), os débitos resultantes do crédito
administrativo e da assunção de compromissos em contrapartida de atribuições
patrimoniais. Abrange empréstimos contraídos pelo Estado junto a instituições
financeiras públicas ou privadas, no mercado financeiro interno ou externo, bem
como junto a empresas, organismos nacionais e internacionais, pessoas ou outros
governos.
A divida pública é muito importante no
processo de crescimento económico e de desenvolvimento do país. Quando esta é
bem estruturada e mantida a um nível sustentável, o dinamismo do consumo e do
investimento fluem de forma normal, estimulando o crescimento económico. Porém,
quando esta não é sustentável, ela pode contribuir de forma prejudicial para
economia, podendo pôr em causa toda a dinâmica do mercado financeiro, do
consumo e do investimento.
Segundo
Miguel Monteiro, deputado de MPD, no caso de o país ter uma elevada divida
publica, isso implica ter de pagar elevados valores a quem o emprestou esses
fundos. Tendo assim menos dinheiro para investir no presente, bem como menos
dinheiro para áreas como a educação, a saúde, o empresariado e as
infraestruturas.
A economia de Cabo Verde é pequena, aberta e
muito exposta às adversidades de um ambiente internacional cada vez mais
globalizado e competitivo. A base produtiva da economia é ainda muito fraca e
pouco diversificada, dependendo muito do sector do turismo. Os recursos
naturais são raros, o que a torna numa economia muito dependente da importação.
Quando
questionado sobre as medidas do governo para ultrapassar as dívidas Miguel afirma
que “só
com crescimento económico, será possível pagar tranquilamente as dívidas. Desta
forma, o Governo decidiu apoiar as empresas, com medidas ao nível do Orçamento
de Estado, e medidas fiscais, desafogando-as e permitindo assim que invistam
mais, e criem mais postos de trabalho. Foi assim que em 2016 houve um crescimento
económico de 3,9%, ou seja muito superior à média dos últimos anos.”
Verifica-se
que a dívida pública cabo-verdiana foi agravada pela atual crise mundial e pelo
facto de que Cabo Verde deixará de beneficiar de empréstimos concessionais no
curto prazo. Devido às características da nossa pequena economia, Cabo Verde
vai continuar a depender fortemente da evolução da economia mundial e de uma
gestão pública rigorosa e séria para melhorar a sua situação da dívida pública.
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